24.2.09

Aula nº 5

Percebi finalmente o que é que temos andado a fazer nos últimos dias. Começava a assustar-me por achar que quanto mais aulas tinha, menos o meu trabalho se parecia com o modelo, e mais se aproximava de gatafunhos inconsequentes.
Hoje fizemos figura humana recorrendo a mancha, desenhando do interior para o exterior. Depois de alguns esboços rápidos, começámos a incorporar traço, mas evitando o contorno da figura. O objectivo é o traço volumétrico, tentar representar o volume e não o contorno.
O Nicola explicou que embora esta primeira fase do trabalho pareça idiota, é nela que reside a essência do desenho, porque estamos a desenvolver a nossa expressão, a nossa capacidade irracional de apreender e interpretar o objecto. Portanto, nestes esboços rápidos importa desenhar sempre, mesmo que não se esteja a olhar para o papel. Desenhar com atitude, ligeireza.
Essa atitude tem que se ganhar agora, e no futuro, quando desenvolvermos desenhos mais complexos e racionais, não perderemos esta essência.
No meu caso, trata-se de largar preconceitos, fugir das linhas rectas e da síntese das formas que a arquitectura me incutiu. Tenho que me soltar.
Começámos também a explorar as noções de luz, em que usámos só o branco e o preto total.
É difícil anular os tons médios e olhar para uma cena a cores, decidindo o que é totalmente branco e o que é totalmente preto. Um truque é semicerrar muito os olhos, as cores diluir-se-ão e serão mais nítidos os contrastes importantes.
O último desenho foi um aquecedor a gás e a sua envolvente, em que já houve lugar a alguns meios tons.



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