5.4.09

Aula nº 18

Aula de modelo nu. Hoje não houve esboços rápidos, fizemos apenas desenhos de cerca de 10-15 min. cada. Esse tempo permitiu-me, em algumas poses, fazer um esboço rápido para compreender rapidamente os volumes, sombras, etc., e só depois, noutra folha, fiz um desenho mais trabalhado.
Acho que correu bem melhor do que as outras aulas. O desenho está muito mais solto e dinâmico. Mas o Nicola diz que tenho mesmo que ir definindo pontos de referência para ir confirmando distâncias e proporções, e também linhas orientadores (por exemplo, qual o ângulo da linha que passa pelo nariz e pelo dedo maior do pé, numa determinada pose?). Também ajuda a observação do espaço negativo (por exemplo, o espaço entre o braço e o tronco, quando a mão está apoiada na anca. É trinagular? Qual o lado maior? etc.). Com o tempo, tudo isto se torna muito intuitivo, mas agora é preciso treinar o olho. E a mão. Já me vou sentido mais confortável com o carvão, para explorar diferentes tipos de linha, mancha,... Acho que isto é como aprender uma língua nova! Quanto mais palavras vou aprendendo, melhor vai sendo o meu discurso, e mais complexas as ideias que posso comunicar.
Saí a correr para ir ver o memorável concerto de Cinematic Orchestra no Sá da Bandeira! :)



Aula nº 17

Não fui, estava em Óbidos a trabalhar...

Aula nº 16

Modelo nu (vamos ter mais umas sessões daqui para a frente).
Já começo a estar mais familiarizada com o corpo da Raquel, e esforcei-me por captar melhor a harmonia do conjunto. Começámos a aula com alguns esboços rápidos, e passámos de seguida para desenhos de cerca de 15 min.
Ela esteve sempre em poses muito relaxadas, e embora eu ache que tenha captado mais ou menos a proporção do conjunto, os meus desenhos retratam uma pessoa em tensão...
O Nicola diz que a linha deve fluir mais, e que não devo ter medo de exagerar nas curvas, por exemplo. É mais fácil, aqui, corrigir o excesso do que a carência. Evidenciando demais certas características, vamos captando aquilo que define uma forma, porque o corpo humano nesse aspecto é igual a qualquer outro objecto (conjunto de volumes, linhas,...).
Também estou a fazer melhor a perspectiva, apesar de não ter tempo para desenhar nem 5 min fora das 2 aulas por semana...







Aula nº 15

Hoje passámos do formato de papel A3 para o A1, em cavalete. O tema era uma cena do atelier, a carvão. Comprei uns carvões novos, de excelente qualidade, e senti-me muito mais confortável a desenhar. Porém, tive dificuldade em fazer o esboço rápido do desenho, antes de começar a pormenorizar, porque me senti perdida no tamanho da folha. Como eu estava de pé, uma parte da folha estava muito baixa, a terminar na linha da minha anca, e o resto terminava acima da linha dos meus olhos. Cometi o erro clássico, ao "esticar" o desenho todo de acordo com o meu ângulo de visão. Ou seja, os objectos que estavam abaixo da minha linha de visão (sofá, mesas,...) ficaram no fundo da folha, e os que estavam acim, ficaram no topo da folha (candeeiro, chapéu, linha do tecto), distorcendo a real proporção da cena.
O Nicola apontou algumas correcções, e disse que eu deveria ter sempre alguns pontos de referência no desenho, e linhas orientadoras, para evitar este erro. Por exemplo, a partir do sofá, qual a distância relativa ao candeeiro, e qual o ângulo da linha que passa pelos dois objectos? Até fui medindo as distâncias, mas nunca em relação ao mesmo objecto, e só no fim é que percebi que havia alguma coisa esquisita no desenho...
Mas penso que a expressão resultou bastante bem, e apesar de não corresponder exactamente à cena, o desenho ficou agradável! :)



Aula nº 14

Dia de modelo nu!
A nossa modelo, Raquel, tem um corpo bem feito, lisinho, que não dá margem para falhas no desenho.
Foi uma experiência estranha... No corpo nu, os volumes não me parecem tão evidentes como em objectos, modelo vestido, paisagem, etc... Quero dizer, a forma não é propriamente definida pelo contorno da figura, e a ligação de volumes é difícil de perceber em determinadas posições. Não se trata de desenhar só o volume do tronco, uma cabeça, pernas e braços. Há uma subtileza que é difícil de apanhar, especialmente num corpo feminino. As sombras não são tão evidentes, é difícil perceber e desenhar com carvão preto sem exagerar e tornar tudo muito duro.
Bem, os primeiros desenhos foram esboços de 5-10 segundos, e depois fizemos alguns um pouco mais demorados. O verdadeiro desafio da aula foi pôr o olho a funcionar, mais do que a mão, e através do desenho, começar a perceber o corpo humano.